Os legisladores chilenos rejeitaram um projeto que permite a expropriação de empresas privadas evolvidas na mineração de lítio no país, o que teria deixado a porta aberta para o estado assumir empresas como Albemarle e SQM, o primeiro e o segundo maior produtor mundial.
O comitê especial da câmara baixa disse que o projeto era inconstitucional, mas empatou quando votou a favor de nomear o lítio como um recurso de interesse nacional. O metal, um ingrediente-chave nas baterias que alimentam veículos elétricos (EVS), já possui um status especial, pois é considerado propriedade do estado.
Desde que assumiu o poder em 2018, o presidente do Chile, Sebastian Piñera, prometeu garantir uma combinação de investimentos estatais e privados para dobrar a produção do país para 230.000 toneladas de equivalente de carbonato de lítio por ano até 2023.
O Chile produziu 96.053 toneladas de lítio no ano passado. A demanda de veículos elétricos e sistemas de armazenamento de energia deverá triplicar até 2025.
Porém é necessário compensar a crescente demanda reforçando a reciclagem. Recentemente, a Tesla anunciou que está desenvolvendo um sistema de reciclagem de baterias em sua fábrica Gigafactory 1, que irá “processar sucata de fabricação de baterias e baterias em fim de vida” com o objetivo de recuperar metais críticos. Enquanto isso, a empresa de metais American Manganese, que fez parceria com o Instituto de Materiais Críticos do Departamento de Energia para reciclagem de baterias, recentemente patenteou uma tecnologia para extrair eficientemente todos os metais do catodo de baterias de íons de lítio, incluindo o lítio, que praticamente não é reciclado hoje em dia. Muitas dessas baterias, quando chegam ao fim da vida, ainda têm muita capacidade de energia disponível, mesmo que uma bateria de veículo elétrico seja gasta ao ponto de não ser mais segura para usar em um carro, ela ainda pode ser perfeitamente boa para outra aplicação, como o armazenamento de energia em casa.
Fonte: O Petróleo